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Imposto Ad valorem: o que é e como calcular no transporte de carga

Quer melhorar a composição de preços do frete de suas mercadorias? Entenda do que se trata o Ad Valorem e como calcular esse tipo de taxa. Boa leitura!

O que é o imposto Ad valorem?

Também chamado de frete valor, o Ad Valorem é um componente do valor do frete dos produtos, utilizado para cobrir custos de seguro de carga e sinistros. Essa taxa é um percentual calculado sobre o valor da Nota Fiscal da mercadoria e adicionada ao custo do frete.

O imposto considera todos os custos envolvidos na segurança do transporte de carga enquanto ela estiver sobre responsabilidade da transportadora. Por exemplo, para contratar o seguro obrigatório RCTR-C (Responsabilidade Civil sobre o Transporte Rodoviário de Cargas), a mão de obra para segurança, materiais de proteção e a documentação de segurança.

Quais os objetivos dessa taxa?

O Ad Valorem é um imposto obrigatório, que deve ser aplicado quando o embarcador não tem seguro ou a apólice contratada não contempla a transportadora. Sendo assim, a empresa de transportes busca uma seguradora para se proteger de quaisquer riscos de roubo ou avaria dos produtos quando estão em sua posse.

Então, o imposto tem por objetivo ressarcir a empresa parte dos custos em caso de perda de carga, uma vez que a legislação determina que a responsabilidade pelas mercadorias é inteiramente da transportadora durante seu transporte. Mas atente: adotar medidas de prevenção para evitar prejuízos também gera novos custos operacionais, os quais são repassados para o cliente.

Como calcular o imposto Ad valorem?

O Ad Valorem é cobrado com base no valor dos produtos. O cálculo da alíquota do imposto é simples: basta multiplicar o valor total da carga pelo percentual da taxa definida na tabela de frete, conforme regras pré-estabelecidas. Esse valor é somado ao custo do frete.

Contudo, estabelecer um percentual exato não é uma tarefa fácil, pois devem ser consideradas muitas questões quanto ao tipo de frete, mercadoria e gastos da transportadora, de acordo com o gerenciamento de riscos. Em geral, o Ad Valorem fica entre 0,03% e 0,40% sobre o valor informado na Nota Fiscal.

Veja os fatores que alteram o valor do frete com mais detalhes, a seguir.

Distância percorrida

Uma questão importante é o endereço de destino da carga, visto que a quilometragem pode influenciar diretamente no cálculo, fazendo variar o valor da taxa. Desgaste de pneus e consumo de combustível devem ser considerados.

Zonas de alto risco ou de difícil acesso aumentam os custos de frete e Ad Valorem. Também, rotas com destinos distantes expõem a mercadoria a maiores riscos, pois o tempo que o transportador leva para completar a entrega é maior.

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC) sugere valores para a alíquota, conforme a distância percorrida. Confira a tabela.

Distância (km) Alíquota (%)
1 a 250 0,30%
251 a 500 0,40%
501 a 1.000 0,60%
1.001 a 1.500 0,70%
1.501 a 2.000 0,80%
2.001 a 2.600 0,90%
2.601 a 3.000 1,00%
3.001 a 3.400 1,10%
Acima de 3.400 1,20%
Coleta e entrega 0,15%

Peso e dimensões do produto

Outro aspecto que influencia no cálculo da alíquota é o peso e volume da mercadoria. Quanto mais pesado o produto, maior a sua dificuldade em ser roubada. Por esse motivo, cargas com um peso mais elevado levam a uma tarifa de Ad Valorem menor, já que o risco é mais baixo.

Nesse caso, o cálculo deve se basear no peso bruto do produto, o qual inclui o peso da embalagem ou o peso cubado das cargas (relaciona volume e peso). Ainda, artigos de primeira necessidade ou mais baratos têm frete mais baixo do que mercadorias com valor elevado, como joias e eletrônicos.

Além disso, o valor do transporte pode também considerar o espaço que ela ocupa no veículo. Para esse cálculo, deve-se utilizar uma equação que contém as dimensões da carga: altura, comprimento e largura.

Características das estradas

As rodovias brasileiras são um grande fator de gastos para transportadoras. Buracos exigem muita manutenção do veículo, além de desgastes nos pneus e alto consumo de combustíveis.

Também, o índice de roubos em certas regiões contribui para aumentar o imposto. Outro fator é o número de acidentes nas estradas, que conta para o cálculo. Nesses locais, os custos do frete será maior.

Necessidade de manuseio

Cargas mais frágeis e com maior valor agregado devem ser tratadas de forma especial. Portanto, quanto menor a necessidade de manuseio, menores os riscos de avarias. O cuidado com o descarregamento influencia no valor do Ad Valorem.

Por fim, a transportadora tem que levar em conta todas essas variáveis a fim de equilibrar os valores no cálculo do frete, e buscar um preço justo e competitivo.

Qual a diferença entre imposto Ad valorem e GRIS?

GRIS (Gerenciamento de Risco em Transporte Rodoviário de Cargas) é o cálculo para o pagamento baseado em uma percentagem sobre o valor da Nota Fiscal, semelhante ao Ad Valorem. A metodologia de cálculo para ambos é a mesma.

Entretanto, o GRIS é cobrado apenas para cobrir as despesas do frete com a prevenção de riscos, como roubos de carga, acidentes e extravios. Um investimento, por exemplo, é o uso de mão de obra ou tecnologia para o monitoramento de veículos.

O cálculo correto dos custos de transportes deve ser bem realizado, pois eles são repassados para o cliente. Para a empresa se manter competitiva no mercado é necessário estar atento para a precificação do frete, processo que normalmente é complexo.

Uma sugestão é negociar um valor único para o imposto Ad Valorem para todas as entregas. Isso simplifica o cálculo e permite a comparação com as demais empresas. Nesse sentido, vale a pena investir em um software de gestão para transportadoras para facilitar o processo e garantir que o valor esteja correto.

Se você gostou das nossas dicas ou quer esclarecer alguma dúvida, deixe seu comentário aqui no post sobre o cálculo do Ad Valorem.

Publicado por  bsoft.

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Cabotagem -conceito e utilização no Brasil

Cabotagem: conceito e utilização no Brasil

CONCEITO E HISTÓRICO DA CABOTAGEM

Cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país utilizando as vias marítimas ou vias navegáveis interiores. Ela se contrapõe a navegação de longo curso. Logo, nesse trajeto, não se perde a costa de vista.

O termo cabotagem é derivado do nome Caboto, um navegador Veneziano do século XVI, que explorou a costa da America do Norte, cujo nome era Sebastião Caboto. Ele adentrou o Rio Prata em busca da Mística Serra da Prata por um período de dois anos. Em função desse feito na navegação, esse deslocamento costeando o litoral recebeu o nome de Cabotagem.

 

CABOTAGEM NO BRASIL

 

Atualmente 2/3 das cargas são transportadas pelo modal rodoviário no Brasil. Historicamente o país foi favorecido com incentivos para a construção de rodovias. A partir de 1920, por intermédio dos Estados Unidos, maior produtor de veículos automotores, houve um grande financiamento para a abertura de estradas. Sendo assim, não houve espaço para o desenvolvimento de outras modalidades. O sistema ferroviário, da época, entrou em decadência por falta de investimento.

Após a crise de 1929 a indústria automobilística norte-americana viu no mercado brasileiro um grande potencial. Começou a introduzir as montadoras e importadoras no final da década de 50. Ao longo dos anos os governos continuaram dando prioridade ao modal rodoviário que sempre recebeu mais incentivo em detrimentos a outras modalidades.

 

VANTAGENS

O Brasil é um País favorecido para a navegação por suas condições naturais de costa navegável. São cerca de oito mil quilômetros de costa, mais de 40 mil quilômetros de vias potencialmente navegáveis. Existem 34 portos, e desse total 08 portos estão na Região Sul, 05 na Norte, 10 na Sudeste e 11 na Nordeste.

Além disso, existe uma grande concentração da população no litoral em detrimento ao interior do País. Cerca de 80% da população brasileira vive em até 200 km da costa litorânea.

A cabotagem é um dos meios de transportes menos poluentes além da baixa ocorrência de acidentes, consolidação do contêiner como facilitador do transporte de carga e uma maior capacidade de transporte. Além de maior segurança, pois a bordo a carga esta menos sujeita a roubos e assaltos como acontece nas rodovias.

 

A figura mostra a extensão das linhas navegáveis, por cabotagem, no território brasileiro.

 

DESVANTAGENS

 

Muitos são os entraves que afetam o desenvolvimento do transporte de cabotagem no país. A burocracia, pois embora o transporte seja de carga domestica, de porto a porto, o setor é tratado como se fosse de comercio exterior, com inspeção da Anvisa e da Policia Federal.

A falta de integração dos modais, o elevado tempo do transporte, a baixa frequência dos navios, a pouca confiabilidade nos prazos e a indisponibilidade de rotas.

Outro fator que impede o crescimento da cabotagem é o preço do bunker (combustível), pois tem incidência de impostos. Enquanto o diesel tem preço subsidiado pelo governo, o combustível da cabotagem sofre todas as interferências do mercado internacional.  Representa entre 20 e 30 por cento do custo operacional

A cabotagem requer navios com bandeiras brasileiras e a produção nos atuais estaleiros está atendendo a demanda do setor de petróleo e gás do pré-sal.

No Brasil só é permitida para empresas brasileiras de navegação autorizadas pela agencia de Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), ou navio estrangeiros fretados por essa empresa, a tripulação deve ser composta por no mínimo 2/3 de brasileiros.

 

 

 

FUTURO DA CABOTAGEM

No Brasil, os números de transportes por cabotagem, ainda estão aquém do esperado, tendo em vista seu potencial geográfico para explorar essa modalidade de transporte. Nos últimos anos houve um crescimento médio de 8% em volumes movimentados e um crescimento estimado de 7,6% até 2021. Esse número só poderá ser atingido até 2021 se os principais obstáculos forem atacados.

Segundo analise feita pela ILOS, de 100 empresas entrevistadas, 68% pretendem aumentar a utilização da cabotagem em sua participação total do volume movimentado. Dentre essas empresas estão o segmento de maior valor agregado como higiene e limpeza, cosmético e farmacêutico.

O mercado de cabotagem ainda está  em grande parte concentrados nos produtos tipo granel (sólido e líquido), que é viabilizado e operacionalizado por empresas bem especificas.

De maneira geral, existem vários estudos que indicam a cabotagem como uma forma muito viável de transporte de longa distancia por todas as vantagens já apresentadas,  tem potencial para ser 6,5 vezes maior do que é hoje.

Com o desenvolvimento das regiões norte e nordeste, pois antes não tinha uma demanda muito grande, a cabotagem para longa distancia vem ganhando mais espaço.

Nos últimos anos os portos do Suape (PE) e Vila do Conde (PA) foram os que apresentaram o maior percentual na tonelagem movimentada por cabotagem. Entretanto Manaus, Santos (SP) e Paranaguá (PR) são apontados como os portos com maior potencial de envio de cargas de cabotagem.

Portos com maior potencial para envio de cargas por cabotagem

 

Existe uma grande demanda por mão de obra marítima. De acordo com a ANTAQ (Agencia Nacional de Transporte Aquaviários), essa é uma responsabilidade da marinha, que está tomando providência para aumentar o número de profissionais marítimos a cada ano.

Com investimento para diminuir as limitações que estão atrapalhando o desenvolvimento desse modal, o Brasil terá um grande desenvolvimento, uma vez que as empresas beneficiadas se tornarão mais competitivas.  Isso consequentemente refletirá no desenvolvimento do país.

 

 

Confira nesse link os portos Brasileiros

http://observatorioantaq.info/index.php/category/portos-brasileiros/

 

 

Referências

http://pt.wikipedia.org

http://www.antaq.gov.br

http://www.ilos.com.br/

http://www.logisticadescomplicada.com

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Incoterms. O que são e para que servem?

Os chamados Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto padronizado de definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro.

Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia.

Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais etc.

 

Incoterms: Categorias e Funções

 

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EXW (Ex Works)

Nesta categoria dos Incoterms, é responsabilidade do comprador providenciar (incluindo o pagamento) todo o transporte da mercadoria, desde o armazém do fornecedor até o destino final da carga. Os custos e riscos são de responsabilidade do comprador em quase todas as etapas, o vendedor é responsável apenas por garantir que os bens estarão disponíveis para retirada no local designado, geralmente na sua fábrica, na data acordada com o comprador.

É a melhor escolha? Este acordo não é o mais conveniente, já que o comprador geralmente está numa posição muito mais difícil do que o vendedor para providenciar todos os serviços no país exportador. Esses serviços incluem carregar o caminhão; providenciar equipamento especializado para o carregamento quando necessário; a documentação; e administrar a autorização de exportação. É melhor considerar FCA.

 

FCA (Free Carrier)

No FCA, ou “Transportador Livre”, o vendedor cuida da maior parte ou de todos as etapas no país exportador, como o desembaraço aduaneiro e o transporte rodoviário dentro do país. A partir da entrega da mercadoria aos cuidados do transportador internacional no local designado, geralmente no terminal ou num armazém, cessam as responsabilidades do vendedor e o comprador providencia todas as outras etapas até o destino final da carga.

É a melhor escolha? Este acordo elimina as desvantagens do EXW, no qual o comprador está numa posição mais difícil do que o vendedor para cuidar do transporte local e desembaraço aduaneiro da mercadoria.

 

FAS (Free Alongside Ship)

No FAS, ou “Livre no Costado do Navio”, o vendedor providencia todos as etapas de exportação no seu país e o comprador cuida das demais etapas até o destino final da carga. Cabe ao vendedor todos os custos e riscos dos passos dentro do seu país, mas somente até os produtos chegarem no costado do navio.  A responsabilidade de carregamento é do comprador.

É a melhor escolha? Não existe nenhuma razão para o comprador optar por ser responsável por somente uma tarefa no país exportador (o carregamento do navio). No lugar deste acordo, você poderia considerar o FOB, que é exatamente igual ao FAS, mas com o benefício adicional de a responsabilidade do carregamento do navio também ser do vendedor.

 

FOB (Free On Board)

No FOB, ou “Livre A Bordo”, o vendedor é responsável por todas as etapas dentro do país exportador até que o a mercadoria esteja a bordo do navio para ser transportada. A partir daí, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a custos e riscos até o destino final da carga.

É a melhor escolha? De todos os Incoterms, este é o ideal e muito popular em processos de importação chamados FCL (full container loads), no qual a sua carga é a única dentro de um container. Todavia, o FOB não deve ser utilizado para carregamentos LCL (cargas menores que serão consolidadas com outros carregamentos dentro do mesmo container) ou para frete aéreo, pois há uma etapa intermediária na consolidação de carga: o local designado de entrega é a instalação de consolidação, não o navio ou o avião. Consequentemente, o comprador ficará responsável por todas as demais taxas de transporte e do terminal. Para LCL e frete aéreo, considere utilizar FCA.


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CPT (Carriage Paid To)

Neste Incoterm, “Transporte pago até (Local designado)”, o vendedor é responsável pelos custos e riscos em todas as etapas no seu país, ou até o armazém do remetente do comprador. O vendedor também fica responsável por agendar o transporte principal até um terminal no país do comprador, ou até o armazém do comprador. De qualquer maneira, o vendedor não é responsável por perdas e danos depois que a mercadoria chega no terminal ou armazém que for o local designado.

É a melhor escolha? Importadores pequenos que não tem representantes no porto devem ser cautelosos ao utilizar esse termo, a menos que tenham certeza de que as taxas de transporte incluem as taxas de movimentação no terminal. Senão, o remetente do seu vendedor usará um agente de terceiros para cuidar do despacho da importação, impostos e tarifas do terminal, e muitos importadores são surpreendidos com taxas inflacionadas e duvidosas que são efetivamente impossíveis de contestar.

 

CIP (Carriage And Insurance Paid To)

CIP, ou “Transporte e Seguro pago até (Local designado)”, funciona exatamente como o CPT, exceto que, nesse caso, o vendedor também é responsável por contratar e pagar o seguro do transporte da mercadoria até o destino.

É a melhor escolha? O único grande problema é o mesmo referido acima no CPT.

 

CFR (Cost And Freight)

No CFR, ou “Custo e Frete”, o vendedor é responsável pelos custos e riscos em todas as etapas no seu país até a mercadoria ser carregada no navio. É também responsável pelo transporte principal, mas não pelos riscos de perdas e danos após a mercadoria atravessar a murada do navio. Foi criado para o transporte de produtos a granel.

É a melhor escolha? Assim como o FOB, esse Incoterm pode ser utilizado para FCL, mas não para LCL e frete aéreo. Também incorre no mesmo problema do CPT(possibilidade de taxas inflacionadas e duvidosas no porto).

 

CIF (Cost, Insurance And Freight)

CIF, ou “Custo, Seguro e Frete”, também funciona exatamente como o CPT, com exceção de que o vendedor é responsável por contratar e pagar o seguro marítimo do transporte principal contra riscos de perdas e danos do comprador sobre as mercadorias durante o trajeto. Também foi criado para mercadorias a granel.

É a melhor escolha?  Veja acima no CFR.

 

DAT (Delivered At Terminal)incoterms-5

No DAT, ou “Entregue no Terminal”, o vendedor é responsável por todas as taxas de exportação do país e de trânsito internacional, além dos riscos até o país do importador, até que a carga seja descarregada. O comprador é responsável pelo resto.

É a melhor escolha? Esta regra favorece o vendedor onde este é mais forte, sendo responsável pelas tarefas e riscos no país exportador; e favorece o comprador onde ele é mais forte, deixando-o responsável pelas tarefas e riscos no país importador. O vendedor também fica responsável pelo frete principal. Você pode considerar também o DAP, com o terminal como local designado, onde o comprador paga pela descarga da mercadoria.

 

DAP (Delivered At Place)

No DAP, ou “Entregue no Local”, o vendedor é responsável por todos os custos e riscos do processo até a entrega no local de destino (geralmente o armazém do comprador ou de terceiros, mas poderá ser também o terminal), exceto pelo desembaraço da importação.

É a melhor escolha? Esse acordo, provavelmente, não será o mais conveniente, já que o vendedor se encontra em uma posição muito mais complicada do que o comprador para gerenciar as etapas no país importador.

 

DDP (Delivered Duty Paid)

No envio via DDP, ou “Entregue com Impostos Pagos”, o vendedor é responsável por todos os custos e riscos de todo o processo de entrega da mercadoria, incluindo os impostos alfandegários. O comprador fica responsável somente pela descarga da mercadoria no destino, incluindo autorização e pagamentos da importação. O local designado de entrega é geralmente o armazém à escolha do comprador. De todos os Incoterms, é o que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor.

É a melhor escolha? Este acordo também tende a não ser o mais conveniente, já que o vendedor não se encontra na melhor posição para gerenciar as etapas no país de destino. É mais indicado para empresas de grande porte e produtos tanto de alto quanto baixo valor agregado. Importadores menos experientes devem evitar este Incoterm e considerar a utilização do DAP.

 

A função deste artigo foi apresentar todas as categorias de Incoterms e a função de cada um deles para que você tenha um guia à sua disposição em caso de dúvidas em suas importações. Os mais utilizados pelos exportadores chineses são o EXW (Ew Works)FOB (Free On Board) e CIF (Cost, Insurance and Freight), mas é importante que você, como importador, conheça todas as opções existentes.

 

Fontes: China Link Trading, Global Sources

 

CD AMAZON

A IMPORTÂNCIA DO TMS NA OPERAÇÃO LOGÍSTICA.

Desta forma, o maior desafio e logicamente diferencial competitivo principalmente aos centros de distribuição, tem sido um controle logístico de gerenciamento de estoques atrelado ao canal de distribuição.

Dentro de uma estrutura de armazenagem, alguns processos simples que podem agregar grande diferença é o controle de estoques com definição de mínimo e máximo, ou seja, o mínimo é o start do setor de compras, onde não necessariamente se esgotam os produtos armazenados, já se efetua a compra no lead time de entrega do fornecedor e com a rotina de movimentação e separação diária, se permite chegar mercadoria para abastecimento sem que esgote mercadoria para separação aos clientes solicitantes.

Já no caso de estoque máximo, um simples controle de curva abc, giro de estoque, permite um controle de produto por produto, entendendo a demanda de mercado e definindo o máximo de itens a serem armazenados e que seja suficiente e não excessivo, afinal estoque parado é dinheiro perdido.

Ainda, em se tratando de estoques, temos uma simples e prática ferramenta que é o endereçamento de estoque, o endereçamento cria processo de separação e gerencia o tempo de trabalho do separador de pedidos, afinal um estoque sem endereço se torna uma galpão de produtos sem ordem de coleta, onde o separador de forma funcional, acaba tendo que memorizar os itens alocados, onde muito das vezes se torna humanamente impossível a memorização e propriamente se aumenta a chance de erro na separação de pedidos

Por fim e não menos importante, o pedido do cliente separado, gera a demanda de distribuição, onde através da viabilidade de cubagem de carregamento dos veículos somado ao romaneio de carregamento, (FIFO) First in First Out, sendo o primeiro que entra será o ultimo pedido a ser descarregado e logicamente para todo esse contexto de roteiro, necessito de um software para gerenciamento e criação de roteiros em cima do algoritmo matemático do carteiro chinês ou mesmo caixeiro viajante para controle depreciativo, economia de tempo e combustível.

O TMS (Transportation Management System), conhecido como Sistema de Gerenciamento de Transporte ou ainda Sistema de Gestão de Transporte e Logística, é hoje um grande diferencial ao operador logístico. O software permite a melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. O sistema adquiridos permite o atendimento aos processos de um transportador, abrangendo as áreas comerciais, operacionais, sac, seguros, faturamento, financeira e logística. Um TMS visa ser integrado com um sistema de ERP, desta forma ao emitir um CT-e ou NFS-e, por exemplo, a integração financeira, fiscal e contábil ocorrerá automaticamente.

O sistema tem como finalidade identificar e controlar os custos inerentes a cada operação, sendo importante identificar e medir os custos de cada elemento existente na cadeia de transporte, a qual envolve não só o veículo em si, mas também a gestão dos recursos humanos e materiais, o controle das cargas, os custos de manutenção da frota e índices de discrepâncias nas entregas, bem como as diversas tabelas de fretes existentes (peso, valor, volume) apresentando o modelo que melhor se ajusta.

Se você ainda não faz estes processos dentro do seu ambiente de trabalho, você não faz logística e sim apenas transporte sem controle e ganho de resultados.

Por Renato Binoto

JPlogistica (43)

Como estão as entregas da sua empresa?

Quando se trata do segmento atacado-distribuidor, um dos processos mais importantes é a logística de distribuição. A entrega de mercadorias é, definitivamente, o cartão de visitas do empreendedor desse segmento: é o que faz o cliente lembrar da empresa.

Por isso, é muito importante manter esse processo funcionando da melhor maneira possível. Ter uma boa logística de distribuição, além de contribuir para que você mantenha uma boa imagem da sua empresa no mercado, também contribui para a redução de custos, melhor desempenho do negócio, aumento de lucratividade e, ainda, a possibilidade de se destacar competitivamente frente aos seus concorrentes.

Separamos nesse post as principais dicas para que você melhore de uma vez por todas o processo de entregas de mercadorias da sua empresa! Aqui, você vai encontrar:

Quais são as principais etapas da logística de distribuição

Conferência das mercadorias

A conferência das mercadorias é a primeira etapa da logística de distribuição. Ela deve ser realizada quando as mercadorias chegam na sua empresa e no momento em que elas saem para o cliente.

Conferir os produtos recebidos e os produtos distribuídos se torna uma atividade mais fácil com a ferramentas que leem os códigos de barras. Dessa forma, é possível evitar erros na conferência e, consequentemente, as temidas devoluções, que geram tanto prejuízo.

Portanto, o ideal é que a empresa conte com uma conferência bem feita para não gerar prejuízos nem para você nem para o seu cliente. Afinal, quando um produto perecível é devolvido, por exemplo, o prazo de validade continua correndo e a chance de perder a mercadoria é muito maior.

Roteirização de entregas

Você que atua no segmento atacado-distribuidor sabe que as entregas representam um alto custo para a empresa, não é verdade? É exatamente por isso que elas precisam ser bem planejadas. Do contrário, a empresa pode acabar tendo grandes prejuízos simplesmente por falta de organização.

Para fazer esse planejamento, o primeiro passo é considerar o melhor aproveitamento de recursos de transporte. A roteirização de entregas é a maneira ideal de realizar o maior número de entregas usando a menor quantidade de recursos possível.

Existem roteirizadores inteligentes que atuam indicando as melhores rotas para o motorista responsável pela entrega. Essas ferramentas identificam as rotas com menor tempo, menor distância e melhor qualidade. Assim, é possível economizar não apenas em combustível, mas também em manutenção do veículo de transporte.

Gestão da distribuição

Para acompanhar melhor o andamento das entregas da sua empresa, antes de tudo, é preciso informação sobre elas. Ou seja, para o segmento atacado-distribuidor, a gestão do processo de distribuição precisa estar baseada em dados que permitam tomar as decisões mais acertadas.

Quais são esses dados? São informações como a estrutura necessária para o transporte, se os veículos serão próprios ou terceirizados e quais são os custos de cada entrega. Elas são essenciais para a eficiência dos processos logísticos e são elas que permitem uma boa gestão de todo o processo de distribuição.

Para essa etapa, há também ferramentas para auxílio, que permitem o controle e acerto das entregas, entre outras informações que tornam a distribuição das mercadorias mais fácil e eficiente.

Monitoramento e análise de indicadores

Você tem meios para medir o desempenho dos processos de negócio da sua empresa? Os indicadores de desempenho logístico são indispensáveis para o alcance das metas das empresas do segmento atacado-distribuidor. No processo de distribuição, os principais indicadores são: tempo em trânsito, quilômetros rodados, pontualidade das entregas e devoluções.

Com base nesses indicadores, é possível medir e tomar as devidas providências para que sua logística funcione de forma correta e rápida.

Quais são os principais desafios das empresas em relação à distribuição das mercadorias

Pequenos atacados-distribuidores têm dificuldades em comum. Não pense que os problemas que existem na sua empresa são exclusivos. Para te tranquilizar (e mostrar que é possível solucioná-los), listamos aqui os 4 principais desafios enfrentados pelas empresas quando o assunto é logística de distribuição:

  1. Separação e expedição: emissão de mapas de entrega com detalhes dos pedidos.
  2. Acertos de distribuição: conferência de quantas mercadorias foram efetivamente entregues, devolvidas, avariadas etc..
  3. Formação de carga: vinculação dos pedidos de vendas às ordens de carga com todas as informações necessárias (região, veículo, motorista responsável etc.).
  4. Acerto financeiro: controle dos acertos por ordem de carga após o retorno do veículo.

Por que é importante melhorar os processos de entrega da sua empresa

O primeiro motivo que justifica a otimização dos processos de entrega é a resolução de todos esses principais desafios enfrentados pelo segmento atacado-distribuidor. Mas, para que a logística de distribuição seja eficiente, é preciso que todos os processos estejam funcionando bem. As mercadorias devem estar na quantidade certa, no momento certo e no lugar certo.

É fundamental considerar que atrasos nas entregas significam uma experiência negativa para o cliente, o que pode resultar em perda de venda e prejuízo para a reputação da marca. Realizando a logística de distribuição de maneira correta, é possível ainda garantir operações mais rentáveis e lucrativas.

Portanto, conseguir esses resultados demanda um planejamento detalhado, estruturado e que tenha como objetivo principal a satisfação do cliente.

Quais são as melhores maneiras de otimizar os processos de logística de distribuição

Falamos muito sobre a importância de melhorar os processos de logística de distribuição e também do planejamento para alcançar melhores resultados. Mas quais são as maneiras mais eficientes de otimizar esses processos?

Levantamos aqui as 9 principais dicas para que a sua empresa garanta processos otimizados:

Analise a atual situação da empresa

Para planejar mudanças que garantam processos otimizados, o primeiro passo é entender como está a empresa hoje. É fundamental que você e a sua equipe analisem o funcionamento e o desempenho da sua empresa, procurando identificar problemas e gargalos logísticos. Dessa forma, o seu negócio estará preparado para definir os próximos passos para a otimização.

Faça um bom planejamento

Enfim, chegamos ao planejamento. Com base no estudo realizado e com as informações de problemas em mãos, você pode projetar os objetivos da empresa. Quais desafios o negócio precisa resolver? Você tem os recursos necessários para resolvê-los ou precisa providenciar algo? O planejamento precisa envolver todos os processos, desde o recebimento do produto até o pós-venda, buscando soluções para todas as etapas.

Integre todas as equipes e processos do negócio

A empresa ganha muito ao ter todos os processos integrados. Afinal, uma etapa depende da outra para que o todo seja eficiente. Então, nada melhor do que enxergar todas as partes de uma maneira global. Por isso, integre as suas equipes para mantê-las bem informadas sobre todos os outros setores e se beneficiar ao máximo com maior produtividade e equilíbrio entre oferta e demanda.

Capacite a equipe

A capacitação dos funcionários é uma etapa importantíssima para a otimização do processo de logística da distribuição. Eles precisam estar cientes das funções de cada um. Mas, para isso, é preciso contar com a expertise dos gestores do negócio, que devem ser os responsáveis por direcionar essa capacitação para cada perfil de colaborador.

Fortaleça parcerias eficientes

Conte com bons parceiros e fornecedores para o seu negócio. A comunicação com os esses parceiros deve funcionar perfeitamente bem. Do contrário, a empresa pode ter o desempenho comprometido. Portanto, atente-se para a total integração da empresa com esses parceiros e também para o alinhamento das informações. É importante que funcionários e fornecedores falem uma língua só, ou seja, que ambos consigam se comunicar eficientemente de acordo com os objetivos da empresa.

Crie um mapa de distribuição

Para auxiliar o processo de entrega e criar rotas mais inteligentes, é importante criar um mapa de distribuição. Nele, você deve registrar a localização de cada um dos pedidos, a data, o nome do cliente, o volume e o valor da venda, o prazo de entrega e a distância percorrida. Portanto, esse mapa precisa ser atualizado constantemente de acordo com cada etapa da entrega.

Faça previsão de demanda

A previsão de demanda é um recurso que permite evitar problemas. Ao prever a demanda futura, a empresa consegue fugir de situações de prejuízo, de desperdício e de falta de produtos. Ela deve ser feita com base no histórico de pedidos do negócio. De uma forma simples, calcule uma média de venda dos últimos meses, considerando a flutuação do mercado e possíveis sazonalidades, para determinar qual é a previsão de demanda da empresa. Mas, caso tenha a possibilidade de investir em pesquisas mais aprofundadas para chegar a uma boa previsão de demanda, não hesite em fazê-la.

Monitore o desempenho da empresa

É necessário que hajam metas a serem atingidas. Dessa forma, ao colocar o planejamento em prática, é preciso mensurar os resultados da equipe. A principal maneira de fazer isso é por meio de indicadores de desempenho (ou KPIs, Key Performance Indicators) e você deve analisar aqueles que se ajustem às necessidades e aos objetivos da empresa. Para a distribuição, é importante uma boa visibilidade dos processos e do monitoramento da carga. Esses dados são essenciais para a tomada de decisões, já que direcionam as melhorias que precisam ser feitas no negócio.

Invista em um sistema de gestão

O processo de logística de distribuição tem a possibilidade de ser aprimorado com a implantação de um sistema de gestão, que permite automatizar todos os registros. Dessa forma, as atividades como compras, gestão de estoque, vendas e entregas tornam-se mais precisas e as chances de erros diminuem drasticamente. Com um bom software, é possível integrar informações, criar mapas de distribuição que visem à economia de combustível e rotas mais curtas, analisar os indicadores de desempenho da empresa, além de muitas outras facilidades.

Conclusão

Gostou das dicas para otimizar a logística de distribuição da sua empresa? Esperamos que essas informações tenham sido relevantes para que você promova mudanças positivas no seu negócio.

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